A ministra da Segurança não descartou a construção de cercas, além da que será instalada na fronteira com a Bolívia
A ministra da Segurança de Javier Milei, Patricia Bullrich, afirmou, nesta terça-feira (28/1), que a Argentina vai aumentar o controle na divisa com o Brasil. A declaração ocorreu um dia depois do governo platino anunciar instalação de uma cerca na fronteira com a Bolívia.
Construção de fronteiras
- A ministra da Segurança da Argentina anunciou que o controle na divisa com o Brasil será intensificado.
- O foco será na província de Misiones, onde há problemas de segurança e entrada ilegal de pessoas.
- A medida faz parte do Plano Güemes, que visa reforçar a segurança nas fronteiras argentinas.
- A ministra não descartou a possibilidade de construir mais cercas, além da que será instalada na fronteira com a Bolívia, dependendo da necessidade.
Em entrevista para a Rádio Mitre, Bullrich explica que um dos motivos do controle da fronteira com o Brasil é por conta da facilidade em passar caminhando e por problemas com assassinatos.
“Além da Bolívia, planejamos expandir (essa política) para outros pontos de fronteira. Agora, vamos para a fronteira em Misiones com o Brasil, que é uma fronteira onde se entra no país a pé em muitos lugares, e onde tivemos assassinos e problemas”, declarou a ministra.
Essa iniciativa é parte do Plano Güemes, uma medida para reforçar o controle e a segurança nas fronteiras. A ministra também cita que o reforço na segurança é também parte de um plano de controle de contrabando de mercadorias. Com o câmbio mais favorável, os Argentinos cruzam a fronteira para fazer compras no Brasil.
“Há momentos em que saem produtos da Argentina para o Brasil porque têm preços mais baixos. E outros momentos, como agora, onde os contrabandistas tentam ingressar produtos ao país sem pagar impostos.”
Ao ser questionada sobre construção de novas cercas, além da que será instaladas em Águas Blancas, que faz divisa com a Bolívia, a ministra explica que o plano é avaliado todos os dias e não descarta possibilidades. “Se necessitarmos construir mais alambrados de arames em outras zonas, vamos fazer”, diz.
O governo brasileiro ainda não se manifestou a respeito do assunto.