Rodrigo Rollemberg visitou representantes de diversos órgãos na tarde desta quarta-feira (16) para explicar os motivos que o levaram a tomar a medida
“A nossa situação é dramática, não temos condições orçamentária nem financeira para honrar esse compromisso”, lamentou Rollemberg. Ele reafirmou que está fazendo grande esforço para equilibrar as contas do Estado — como reduzir o próprio salário (e de todo o primeiro escalão do governo), o número de secretarias e de administrações regionais e a quantidade de cargos comissionados. Isso, porém, não é suficiente para arcar com o aumento de cerca de R$ 150 milhões mensais que haveria a partir de outubro na folha de pagamento de pessoal.
Os reajustes foram propostos pelo Executivo e aprovados pela Câmara Legislativa em 2013 e deveriam ser pagos de forma escalonada, com impacto no orçamento até 2016. A parcela prevista para este segundo semestre não será depositada até que as contas públicas do DF estejam regularizadas.
O governador propôs um grande pacto de união para que as medidas anunciadas na segunda-feira (15), e que serão levadas à apreciação da Câmara Legislativa, sejam aprovadas. “Somente com o aumento da arrecadação conseguiremos conceder os reajustes salariais”, disse o governador.
Rollemberg visitou o presidente do Tribunal de Contas do DF, Renato Rainha, e o presidente do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios, desembargador Getúlio de Moraes Oliveira. Reuniu-se também com o procurador-geral do Ministério Público do DF e Territórios, Leonardo Bessa; com a procuradora-geral do Ministério Público de Contas do DF, Márcia Ferreira Cunha Farias; e com o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury. A procuradora-geral do DF, Paola Aires, e o consultor jurídico do DF, René Rocha, acompanharam o governador durante os encontros. As justificativas à presidente da Câmara Legislativa, deputada distrital Celina Leão (PDT), já haviam sido dadas ontem.