Arquivo pessoal
Miguel Lucena
Maria José Rocha Lima (Zezé) completa hoje mais um ano de vida. Mais experiente e compenetrada, mantém o mesmo vigor que a fez arrastar multidões pela causa da educação e dos professores na Bahia e a agitar os congressos nacionais propondo a criação das leis que atualmente regem e salvam a Educação, como a LDB e o Fundeb, de cuja elaboração participou como assessora técnica. Vigorosa também o foi no exercício de de dois mandatos de deputada estadual na Bahia, de 1991 a 1999.
Mestre e doutora em Educação e Psicanálise, continua a estudar, está cursando Teologia e diz que só para quando os ladrões do mundo fizerem um congresso para deixar de roubar.
Acompanhei, como marido e conselheiro, em muitos momentos, a trajetória de Zezé e tenho muita admiração por sua luta.
Mãe, mulher, Maria, amamentando o dia, como diz o Olodum, de quem Zezé foi conselheira no auge do famoso grupo baiano.
“Uma doce mistura de coragem e mulher”, versejavam os compositores Roberto Mendes e Jota Veloso, seus amigos e apoiadores.
Dona de um currículo extenso e invejável, Zezé assusta seus superiores hierárquicos, muitos acostumados a querer resolver problemas sérios com chás da tarde.
Zezé é um passarinho que nasceu para voar e não ficar presa em gaiolas.
Por isso, neste dia, desejo que ela continue voando, pensando e realizando, porque todo jogo só acaba no final do segundo tempo.
Vida longa, querida!