O professor de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília tira algumas dúvidas sobre o mosquito; confira
14/02/2024 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. Surto de Dengue. – (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
“Meu sangue é doce”, “sou muito picado”, muita gente fala ou pelo menos já escutou alguém falar assim. Há quem se questione se o tipo sanguíneo interfere na hora de ser picado. De acordo com o especialista Marcos Takashi Obara, do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB), isso é um mito.
“O tipo sanguíneo não tem influência na infecção por dengue. Mosquitos Aedes aegypti necessitam de qualquer tipo de sangue para o amadurecimento dos ovos. Dessa forma, se alimentam em qualquer fonte e não tem nenhuma preferência por um tipo de sangue específico”, comenta o professor.
“Independente do tipo sanguíneo, o mosquito é atraído por gás carbônico, ácido lático, temperatura corporal. É isso que vai modular a atração de uma fêmea de Aedes Aegypti para o corpo.”
“Ele pode ser atraído para todos de forma igual, as diferenças são de pessoas que têm maior sudorese, ou menos e atrair um pouco mais o mosquito”, acrescenta o professor.
O Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika e o pernilongo comum (Culex) estão entre as principais pragas urbanas no Brasil e no mundo.
Os horários mais ativos do mosquito transmissor da dengue são no início da manhã e no fim da tarde, quando há maior umidade do ar. Como não consegue alçar voos altos, o Aedes aegypti tende a atacar áreas baixas do corpo, como as pernas.
A dengue é uma doença grave, mas pode ser evitada com medidas simples de prevenção. A principal forma de combate ao mosquito é eliminar os criadouros de larvas. “Quanto ao cuidado, é importante manter livre o quintal e dentro de casas dos criadouros de larvas e usar constantemente repelente durante o período de epidemia”, conclui.
Com o Correio*