Dengue: DF registra aumento de 206% no número de casos prováveis em um ano

Dados da Secretaria de Saúde são referentes à primeira semana de 2024. Não houve registro de mortes.

Assim como dengue e zika, o chikungunya também é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti — Foto: GETTY 

Por Brenda Ortiz, g1 DF

O Distrito Federal registrou 2.152 casos prováveis de dengue na primeira semana de 2024, segundo último boletim da Secretaria de Saúde. Não houve registro de mortes no período entre 31 de dezembro e 6 de janeiro.

Os números representam um aumento de 207% no número de infectados em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 669 casos prováveis da doença em Brasília. Ceilândia e Samambaia são as regiões do DF mais afetadas pela dengue (saiba mais abaixo). 

Casos

Entre as notificações de 2024, 17 casos tiveram “sinais de alarme” e nenhum foi considerado grave. A taxa de incidência da doença na capital é de 51,97 infecções por 100 mil habitantes. 

Com 765 casos prováveis, Ceilândia é a região com o maior número de registros da dengue no Distrito Federal. Em seguida, aparece Samambaia, com 142casos. Brazlândia vem em terceiro lugar, com 124 notificações. 

Como se prevenir

Residências em Vicente Pires, no DF, recebem mutirão da Vigilância Ambiental contra a dengue — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

Para evitar a reprodução do Aedes aegypti em casa e, consequentemente, reduzir os ataques do mosquito, o Ministério da Saúde reuniu uma série de orientações. Confira abaixo: 

• Fazer uso de repelente sempre que estiver em áreas consideradas de infestação. Os mais indicados pela OMS são à base de Icaridina e que oferecem até 12 horas de proteção;
• Priorize o uso de roupas claras, leves e que cubram todo o corpo – o Aedes aegypti tem atração pelo suor e por cores escuras;
• Faça exames de rotina e, em caso de sintomas similares aos da dengue, febre amarela, chikungunya e zika vírus, procure a unidade de saúde mais próxima e consulte um médico.

O que fazer em casa

• Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas da casa;
• Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
• Mantenha o terreno de casa sempre limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;
• Tampe os tonéis e caixas d’água;
• Mantenha as calhas sempre limpas;
• Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
• Mantenha lixeiras bem tampadas;
• Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
• Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
• Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
• Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas sujas, por exemplo;
• Deixe portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
• Coloque repelentes elétricos próximos às janelas – o uso é contraindicado para pessoas alérgicas;
• Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
• Evite produtos de higiene com perfume, pois podem atrair insetos;
• Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa;
• Coloque areia nos vasos de plantas.