Foto: Ashraf Amra
Miguel Lucena
A ideologia é uma muleta na qual as pessoas se agarram para ter uma razão de viver. Ela, no entanto, nubla os raciocínios, substitui o conhecimento por crenças e nega o mérito do outro que esteja, mesmo circunstancialmente, em lado oposto do pensamento.
No conflito entre um grupo palestino, o Hamas, e o Estado de Israel, quem é movido por ideologia só sente pena de um lado. É como se as mortes de crianças, jovens e velhos não fossem, em si, uma tragédia para a humanidade.
Um defensor declarado do Hamas postou hoje, em redes sociais, imagens de anjos palestinos voando em direção ao Céu, mas, ao mesmo tempo, trata como fezes o sangue derramado por judeus e pessoas de várias nacionalidades, inclusive crianças, que sofreram ataque terrorista na fronteira sul israelense.
Essa régua ideológica tem me enojado nos últimos anos. Suponho que, com a maturidade, a nossa mente comece a bloquear os espaços por onde entram os ardis e a enganação.
Em tempos de guerra, seja na Terra ou no país, seja na família ou na escola, a reflexão de quem é meu próximo para amá-lo, é inadiável.
Sigamos o convite de Cristo.