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Miguel Lucena
Ocorreu, nesta madrugada, o 24º caso de feminicídio deste ano no Distrito Federal.
Cleidson Ferreira de Oliveira, de 37 anos, matou Anariel Roza Dias, 39, com golpes de foice, em Ceilândia, enciumado porque a viu com outro homem em uma parada de ônibus.
Em abril, ele a espancou com um pedaço de madeira, batendo-lhe nas costas, porque a companheira não lhe deu dinheiro para comprar drogas.
Colocaram no papel uma medida protetiva para Anariel, determinando que o agressor não poderia chegar perto dela.
Papel aceita tudo.
Faz cinco meses que a Deputada Dra Jane aprovou projeto de lei criando os Comitês de Proteção às Mulheres do Distrito Federal, sancionado pelo governador Ibaneis Rocha.
Cinco meses depois, a minuta do decreto criando a estrutura necessária ao funcionamento dos comitês está esperando a boa vontade da burocracia para ser implementada.
Parece que as outras coisas sempre são mais urgentes.
Esses comitês vão atuar em todas as regiões administrativas, como fazem hoje os conselhos tutelares. E a estrutura não aumenta despesa, porque será feita com remanejamento de cargos dentro do próprio GDF.
As redes de apoio precisam pegar pesado, com mobilização mesmo, sobretudo nas áreas mais carentes:
reuniões, cursos, apoio, assistência financeira, abrigo para as mulheres e cadeia para os criminosos.Também devem envolver os jovens, com atividades agradáveis voltadas para a conscientização e o respeito às mulheres, instituir prêmios para os melhores trabalhos, estimular esse debate e envolver a comunidade.