Comitê de Política Monetária se reúne na próxima semana para decidir sobre a taxa de juros do país. ‘No começo do ano, a pergunta era se o juro ia cair. Depois, passou a ser quando o juro ia cair. E, agora, quanto o juro vai cair’, disse o ministro.
Ministro Fernando Haddad em 11/07/2023 — Foto: TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender nesta sexta-feira (28) cortes na taxa de juros do país. Para ele, os ventos estão “favoráveis” para a economia brasileira, e está “mais do que na hora” de um alinhamento entre as políticas fiscal e monetária.
“Os ventos estão favoráveis. O mundo olha para o Brasil com outros olhos, mas está mais do que na hora de alinharmos política fiscal e monetária para o país voltar a sonhar com dias melhores”, disse.
Em coletiva de imprensa no gabinete do Ministério da Fazenda em São Paulo, Haddad afirmou que o caminho para cortes na Selic está “pavimentado”.
“No começo do ano, a pergunta era se o juro ia cair. Depois, passou a ser quando o juro ia cair. E, agora, quanto o juro vai cair”, disse o ministro, que afirmou existir “muito espaço” para um corte de 0,50 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para a semana que vem.
Agências de risco
O ministro citou o movimento de elevação da nota de crédito do Brasil por agências de risco como um fator de reforço para a queda da Selic na próxima quarta-feira (2). Nesta sexta, a Austin Rating e a DBRS anunciaram a elevação de perspectiva do país em meio a “melhora do ambiente fiscal”.
“Penso que, às vésperas de uma semana importante, diante da primeira reunião do segundo semestre do Copom, é importante salientar que o mundo inteiro já compreendeu que está acontecendo alguma coisa boa no Brasil”, disse Haddad.
Agenda no Congresso
Questionado sobre o andamento de projetos no Congresso Nacional, o ministro afirmou que, neste momento, o Novo Marco das Garantias e o arcabouço fiscal são prioridades da pasta no Legislativo.
Sobre a reforma administrativa, Haddad afirmou que há diversos pontos da discussão que ainda devem ser considerados, mas que os impactos não devem ser de curto prazo.
Por André Catto, g1