A partir deste ano, todas as escolas passaram a ofertar um conjunto de disciplinas básicas de formação geral e um itinerário formativo
Acácio Moraes
Barra Mansa, RJ
O novo ensino médio, cuja implementação obrigatória começou neste ano, está levando universidades a rever seus processos seletivos para receber alunos educados nesse currículo.
A nova BNCC (Base Nacional Curricular Comum) prioriza o ensino de habilidades e competências específicas, que passarão a ser mais cobradas nos vestibulares do país.
A partir deste ano, todas as escolas passaram a ofertar um conjunto de disciplinas básicas de formação geral e um itinerário formativo, escolhido pelo aluno (linguagens, matemática, ciências exatas, humanas ou ensino técnico). A Lei do Novo Ensino Médio é de 2017.
Na Universidade Presbiteriana Mackenzie, a transição das provas terá início a partir do segundo semestre de 2023. Milton Pignatari Filho, coordenador de processos seletivos, afirma que as mudanças devem ser gradativas. Para ele, é necessário um período de adaptação dos alunos e professores que atuam nos processos seletivos.
Hoje, a instituição tem prova em etapa única, que cobra as mesmas disciplinas de todos os candidatos, mas usa um sistema de notas diferentes para valorizar os conteúdos mais importantes para cada curso.
Segundo Pignatari, o novo ensino médio deve tornar a educação mais atrativa para a geração de nativos digitais.
O Enem, que acontece nos dias 13 e 20 de novembro, também deve mudar sua formulação. Uma resolução do Conselho Nacional de Educação de março recomenda a elaboração de uma nova matriz de avaliação para ser utilizada na prova até 2024.