Uma família briga na Justiça para comprovar que a morte da matriarca ocorreu em função de um erro médico. Em 2010, a historiadora aposentada Doracy Duarte de Souza, 78 anos, iniciou um tratamento contra câncer no pâncreas. Cerca de dois anos depois, devido ao agravamento da doença, o oncologista responsável pelo tratamento pediu ao Micra Laboratório de Anatomia Patologia e Citopatologia, um exame detalhado de biópsia. Em menos de uma semana, o estabelecimento localizado na Asa Sul emitiu o laudo. Com base no diagnóstico, o médico que acompanhava Doracy ministrou medicação para um adenocarcinoma. A paciente, no entanto, estava com um linfoma.
Ao perceber que o quadro não melhorava, o profissional pediu ao laboratório uma contraprova. No segundo exame, a empresa reconheceu o equívoco. A essa altura, Doracy estava com a saúde bastante debilitada. Morreu em 30 de janeiro de 2012, cerca de um mês após ter se submetido ao exame no Micra Laboratório.
Antes da suposta falha, a expectativa era de que Doracy vivesse pelo menos mais seis meses. “De fato, era uma situação irreversível, mas, com tratamento adequado, ela teria seis meses ou mais para aproveitar com a sua família. Os filhos não puderam preparar uma despedida especial nem tiveram a oportunidade de resolver eventuais problemas do passado. Enfim, o que ficou foi uma grande frustração por essa redução na expectativa de vida dela”, disse o advogado da família, Luciano Alexandro de Sousa Gonzaga.
Fonte: correio web