O jogo entre Suíça e Equador, no Estádio Mané Garrincha, foi marcado pela tranquilidade e alegria dos torcedores que participaram da festa. A partida começou pontualmente às 13h e atraiu mais de 68 mil pessoas. A estrutura montada para receber o mundial foi elogiada pelos maioria dos torcedores que prestigiaram a primeira das sete partidas que serão disputadas em Brasília.
Segundo a Coordenadoria de comunicação para a Copa (ComCopa), o Mané Garrincha é o estádio que recebeu o maior público do Mundial até o momento, bem maior que o registrado nas outras oito partidas já disputadas, incluindo o jogo de abertura entre Brasil e Croácia, na quinta-feira (12), em São Paulo (62.103 pessoas).
Apesar da derrota em campo, equatorianos não deixaram de festejar
O gerente comercial Paulo Rogério levou a família para assistir ao jogo e diz que a experiência foi única. “Paguei caro nos ingressos, mas a organização que presenciei me surpreendeu. Brasília está mais que do preparada para a Copa do Mundo. Foi um espetáculo”.
A Suíça venceu de virada, com um belo gol de Seferovic, aos 47 minutos do segundo tempo. Mas a vitória dos suecos não tirou a alegria dos torcedores do Equador. Os engenheiros equatorianos Xavier Carrera e Erika Touar contam que, apesar da derrota, continuam confiantes. “Esta é apenas nossa primeira disputa, ainda tem muito caminho pela frente. Foi espetacular estar aqui nesta cidade linda, limpa e organizada. Conhecer o Mané Garrincha não tem preço”, conta Xavier.
Um plano operacional foi montado para receber o público. Cerca de 4,9 mil homens das polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Detran, Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e seguranças privados, entre outros profissionais, garantiram a segurança dentro e fora do estádio.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Paulo Roberto Batista, durante a partida não foi registrado nenhum incidente. “Tudo transcorreu tranquilamente, a segurança seguiu todos os protocolos, e não tivemos nenhum problema”.
Alguns torcedores reclamaram das longas filas para entrar no estádio. O médico Gleiser Lemos disse que às 12h55, cinco minutos antes do apito inicial, as filas ainda estavam enormes. “Faltou organização, muita burocracia só atrapalha. Quando consegui entrar, o jogo já estava rolando há 10 minutos”.
A Coordenadoria de Comunicação para a Copa (ComCopa) informou, ainda, que duas pequenas manifestações começaram com cerca de 20 representantes dos movimentos “Copa para quem?” e “Não vai ter Copa”, em frente ao Setor Hoteleiro Sul e imediações da Rodoviária do Plano Piloto. Houve um reforço de 108 policiais no local.
Os manifestantes marcharam em direção à arena por volta das 12h e chegaram a reunir 150 pessoas, mas retornaram à Rodoviária, seguindo orientações dos policiais militares que integravam a primeira barreira de contenção da trajetória que dava acesso ao estádio.
No fim da manhã, os manifestantes se reuniram e seguiram em direção ao Estádio Nacional Mané Garrincha. A Polícia Militar formou três cordões de contenção para barrar o acesso dos manifestantes ao Mané Garrincha. O segundo cordão foi formado por membros da cavalaria e o terceiro, na altura da W3, contou com a Tropa de Choque. O grupo não chegou a passar do primeiro cordão.
O ato contou com a participação de integrantes do Comitê Popular da Copa e do Sindicato Nacional de Servidores Federais da Educação, em greve há 53 dias. Os servidores se uniram ao grupo para pedir que o governo federal atenda às reivindicações da categoria.
Fonte: Alô