Miguel Lucena
Assim que eu saí do carro, após descer uma ladeira, vi quatro campos de futebol, todos de barro vermelho, sem nenhuma grama. No mais arrumado, com todas as marcações a cal, disputava-se a Copa Carreiro, para atletas amadores veteranos, na casa dos 50 anos, no Paranoá velho de guerra, Distrito Federal.
No campo do meio, a bola branca estava da cor do planeta Mercúrio. Um jogador do time que atacava contra o vento seguia na direção do gol quando um redemoinho levou a bola para lugar incerto e não sabido.
No jogo dos veteranos, deram uma rasteira tão grande num coroa que a poeira subiu por uns cinco minutos, e o juiz ficou na dúvida se apitava falta ou não.
– Tá camulesta! – assustou-se o radialista João Gomes.
Hosana, torcendo pelos dois times, me informou que o jogo estava em 5 a 5. E o time de azul só não estava ganhando porque o atacante deu um chute tão desgraçado que ninguém sabe por onde a bola passou.
Com poeirão e tudo, o esporte venceu, mais uma vez.
Obrigado, Alex Carreiro, pelo apoio aos veteranos do Paranoá!
Muito boa a reportagem .valeu
Alex Carreiro parabéns por apoiar a comunidade 🗣