Miguel Lucena*
Política, negócio e amizade podem caminhar juntos, mas são coisas diferentes.
Política é a arte ou a ciência de governar, a conquista e o exercício do poder. Por ela, se administram os interesses diversos e se aplicam os planos pensados a partir das discussões oriundas dos grupos que se formam em torno dos partidos ou organizações da sociedade.
Negócios são os empreendimentos desenvolvidos por particulares na produção de bens e serviços, com o objetivo de lucro ou simplesmente para garantir a própria sobrevivência.
A amizade é um sentimento de afeição, empatia ou apreço entre as pessoas. É, geralmente, desinteressada.
Ser amigo de um político resulta, quase sempre, em apoio, mas não necessariamente. Alguns grupos políticos são tão fechados que mesmo alguns amigos íntimos dos dirigentes ou parlamentares representantes desses núcleos não conseguem acessá-los.
Portanto, não se deve confundir política e negócios com amizade. Esta pode ser uma ponte muito importante para o desenvolvimento de relações políticas ou negociais, porém é fundamental saber distingui-las.
Neste momento, é essencial saber o caminho político a seguir: uns se baterão nos labirintos do passado, outros ficarão como Carolina na janela, esperando o tempo passar, e alguns construirão os planos do presente pensando no futuro, mesmo em meio a turbulências, para atingir a conquista almejada.