A fortuna do homem mais rico da América Latina saltou 18,4 bilhões de dólares de 2021 para 2022
Dono de uma fortuna de 81,2 bilhões de dólares, o mexicano Carlos Slim Helú é o homem mais rico da América Latina e 13º mais rico do mundo de acordo com o ranking de bilionários da Forbes 2022. De 2021 para 2022, o patrimônio do mexicano saltou 18,4 bilhões de dólares. Isso colocou Slim à frente do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg no ranking de magnatas globais. Enquanto a fortuna de Slim cresceu, a de Zuckerberg diminuiu – foi de 97 bilhões de dólares para 67,3 bilhões de dólares.
Slim é dono da América Móvil, a maior empresa de telecomunicações da América Latina. Ele também tem participações em negócios nos ramos de construção, bens de consumo, mineração e construção civil, além de ser dono de uma parte do jornal The New York Times, o mais importante dos Estados Unidos. O magnata mexicano também tem negócios no Brasil. Por aqui, a América Móvil controla Claro, Embratel e Net.
Slim é filho de imigrantes libaneses que chegaram ao México no início do século 20, fugindo da dominação otomana na região. O pai de Carlos Slim começou a atuar no comércio e depois investiu imóveis. Foi com ele que o hoje magnata aprendeu a lidar com o dinheiro e a aproveitar oportunidades de negócio em tempos de crise.
Como Carlos Slim ficou bilionário
Hoje com 82 anos, Carlos Slim se formou em engenharia. Na juventude, fundou uma corretora de valores e uma empresa de investimentos, que depois se tornaria o Grupo Carso, holding que abarca uma série de negócios do bilionário.
Na década de 1980, Carlos Slim comprou o controle de algumas companhias mexicanas, de setores diversos como varejo e finanças, em meio à crise econômica que assolava o país. Na década de 1990, o empresário entrou para o ramo das telecomunicações, que o alçaria ao topo dos rankings de bilionários do mundo.
Foi nessa época que, junto com outras empresas, Slim comprou a estatal de telefonia mexicana Telmex, por 1,7 bilhão de dólares. Pouco depois, o empresário assumiu o controle da companhia. A Telmex tinha o monopólio da telefonia no país, e o empresário se beneficiou disso para consolidar o seu poder no setor.
Nos anos 2000, Slim passou a investir também em telefonia móvel e fundou a América Móvil, que se tornou maior do que a própria Telmex, com atuação em diversos países da América Latina.