Sem cair nas regras do nepotismo na administração pública, o deputado distrital Washington Mesquita (PTB) emplacou ao menos cinco parentes em cargos comissionados na estrutura do Governo do Distrito Federal (GDF), do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) e do Senado Federal. As indicações e as nomeações de familiares do parlamentar não ferem a legislação, mas evidenciam a prática de alocar apadrinhados em cargos públicos do Executivo em troca de apoio político.
No Distrito Federal, não é novidade que cada deputado distrital da base aliada do governo tem a prerrogativa de indicar nomes para o preenchimento de vagas de emprego na administração pública. O fato ocorre, especialmente, nas administrações regionais, onde o governo cede espaço para parlamentares exercerem suas influências em troca de apoio político. Washington Mesquita, por exemplo, emplacou a cunhada, o filho, o irmão, a esposa e a nora em cargos comissionados.
“São pessoas que trabalham e cumprem com as obrigações, todas elas nomeadas legalmente. Não fossem legais, todas as indicações seriam rejeitadas, e eventuais nomeações, revogadas pelo governo”, aponta. De acordo com o Portal da Transparência do GDF, a cunhada do parlamentar Adriane da Mota Nogueira da Silva ocupa cargo de assessora na Administração de Taguatinga, com vencimentos de R$ 1,9 mil. Segundo Mesquita, ela atua no Polo de Serviços da administração. Já o irmão do distrital, Aroldo Gil Mesquita, é assessor da Administração de Santa Maria, com R$ 1,9 mil mensais.
Fonte: Correio Web