Segundo Julio Danilo, secretário de Segurança Pública do DF, últimos casos registrados são graves e merecem responsabilização dos envolvidos
André Feitosa/SSP
O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), Júlio Danilo, afirmou, nesta segunda-feira (28/3), que a Polícia Civil do DF (PCDF) vai priorizar as investigações dos casos de violência nas escolas públicas ocorridos nos últimos dias. A declaração foi feita em coletiva de imprensa nesta tarde, no Palácio do Buriti
“Casos como os que ocorreram são graves e merecem, sim, a investigação, o aprofundamento e a responsabilização dos envolvidos”, disse Júlio. “O nosso foco não é a repressão, mas a prevenção. No entanto, não podemos deixar de acompanhar esses casos”, completou.
Na ocasião, a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, anunciou a implementação do Plano de Urgência Pela Paz nas Unidades Escolares, para combater a violência nas escolas da rede pública. O programa envolve, além da Educação; as Secretarias de Segurança, de Justiça, de Saúde, de Esporte, de Juventude; e a Casa Civil.
De acordo com Paranaguá, os trabalhos das pastas serão levados a todas as unidades de ensino da rede pública, mas terão enfoque em 126 escolas que registram maiores casos de violência.
“Temos o Programa de Práticas Integrativas Complementares em Saúde, com o qual já estamos atuando em 30 escolas e os resultados são tremendamente positivos. Foi feito como projeto piloto, mas vamos avançar para todas as escolas do DF, começando por 126 escolas que foram mapeadas neste momento como as que têm demonstrado maior vulnerabilidade na questão da violência.”
Cronograma
Segundo Hélvia, uma portaria da Educação será publicada no Diário Oficial desta terça (29/3), criando comissão que atuará na ação. Na quarta (30/3), as pastas farão uma reunião para construir o plano de trabalho a ser levado às regionais de ensino.
A secretária prevê ainda que até o dia 27 de abril, o manual de Convivência Escolar e Cultura de Paz estará nas escolas. E, até 6 de junho, o plano de segurança deverá estar implementado em todas as escolas do DF.
“Mas assim que estivermos com o plano definido, amarrado com todas as datas, com o papel de cada secretaria estabelecido, vamos divulgar”, afirmou Hélvia.
Polícia nas escolas
Segundo Júlio Danilo, não há efetivo policial suficiente para que o GDF possa manter uma viatura em cada escola. Mas, a pasta criará um canal direto das escolas com a PM e o Corpo de Bombeiros.
“Nós temos 700 escolas e não temos número de policiais para que possamos colocar uma viatura em cada escola. Estamos criando uma rede de comunicação direta entre os batalhões das regiões administrativas e as regionais de ensino. Ou seja, vai ter um número direto de comunicação e, havendo necessidade, a escola vai acionar a PM para um atendimento em caso de emergência”, informou o chefe da SSP.
“Além disso, a Polícia Civil vai priorizar as investigações relacionadas a isso. A gente vê que às vezes os alunos marcam pelas redes sociais algum tipo de enfrentamento, então vamos ter foco nisso”, acrescentou.