Presidente fará entrega de mais de 1 mil títulos a assentados e terá agendas com lideranças evangélicas da região
Fábio Vieira/Metrópoles
Na primeira agenda na região Norte do país no ano de 2022, o presidente Jair Bolsonaro(PL) vai a Rio Branco (AC) nesta sexta-feira (18/3) para solenidade de regularização de assentamentos e reuniões com lideranças religiosas. O Acre é um dos estados em que Bolsonaro conquistou maioria dos votos nas eleições de 2018.
Na pesquisa Genial/Quaest divulgada esta semana, o Norte foi a região em que Bolsonaro mais recuperou apoio. Em fevereiro, o governo era avaliado negativamente por 48% dos eleitores consultados na região, após um pico de 59% em novembro. Em março, esse índice caiu para 36%, mais baixo percentual desde agosto passado.
Na última quarta-feira (16/3), Bolsonaro esteve em um reduto petista: a Bahia. Lá, ele foi recebido com vaias por estudantes, que também cobraram o uso da máscara pelo mandatário.
Agenda no Acre
Bolsonaro embarca para o Acre, que tem fuso de duas horas a menos em relação a Brasília, no início da tarde desta sexta. O primeiro compromisso é a cerimônia de regularização fundiária e de assentamentos, quando vai entregar mais de 1 mil títulos imobiliários.
Em seguida, o chefe do Executivo federal vai participar da inauguração da Rede Boas Novas, complexo de comunicação gospel.
No fim do dia, participa do Primeiro Encontro Estadual de Pastores e Líderes da “Fé é Cidadania” das Assembleias de Deus no Acre, filiadas à Convenção Estadual da Igreja Assembleia de Deus (Ceimadac), e do Ministério de Madureira.
A previsão é de que o mandatário retorne a Brasília no fim do dia.
Preço dos combustíveis
Há previsão de protestos contra o presidente no estado, que foi o primeiro em que o litro da gasolina bateu a marca de R$ 10, após a Petrobras anunciar um mega-aumento no valor dos combustíveis nas refinarias. O preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Para o diesel, o preço médio passou de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%.
Na quinta-feira (17/3), Bolsonaro pediu que a Justiça cobre da Petrobras o aumento no preço dos combustíveis, e não dele, uma vez que, segundo explicou, a empresa é “independente” e o chefe do Executivo não tem “ascendência” sobre a estatal.
Em 11 de março, a juíza Flávia de Macêdo Nolasco, da 9ª Vara Federal de Brasília, determinou que o governo prestasse informações sobre a alta no preço dos combustíveis. O prazo terminou na segunda-feira (14/3). Como resposta, o Executivo federal disse não poder interferir nos preços exigidos pela empresa.
“Deixar claro para a Justiça brasileira… Por favor, eu não tenho ascendência sobre a Petrobras. Se eu quiser hoje trocar o presidente da Petrobras, eu não posso trocar. Se eu quiser hoje trocar o diretor da Petrobras, eu não posso trocar. A Petrobras é praticamente independente”, disse Bolsonaro durante transmissão ao vivo nas redes sociais.
A empresa argumentou que os valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais, impactados pela oferta limitada frente à demanda mundial por energia.
Ás vésperas da campanha eleitoral, o governo federal estuda uma forma de segurar os preços dos combustíveis. A equipe econômica avalia repassar o custo da alta do petróleo no mercado internacional para a estatal ou criar novo programa de subsídios.