quinta-feira, 11/09/25
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Inflação aumentou para todas as faixas de renda em fevereiro, aponta Ipea 

Pontas sentiram mais os aumentos: taxa foi de 1,07% para os mais ricos e 1% para os mais pobres. Gastos com alimentos e educação puxaram alta.

Reprodução

A inflação em fevereiro foi mais sentida pelas famílias que estão nas pontas. Os maiores aumentos foram registrados entre as famílias de renda alta e muito baixa, respectivamente.

Os números são resultado do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda divulgado nesta quarta (16). Veja, abaixo, a inflação de fevereiro para cada faixa de renda: 

  • Renda muito baixa: 1%
  • Renda baixa: 0,94%
  • Renda média-baixa: 0,93%
  • Renda média: 0,98%
  • Renda média-alta: 0,97% 
  • Renda alta: 1,07%

No acumulado dos últimos 12 meses, quem mais sentiu a alta de preços foram as famílias de renda muito baixa. Enquanto os mais ricos ficaram menos sensíveis aos aumentos: 

  • Renda muito baixa: 10,9%
  • Renda baixa: 10,7%
  • Renda média-baixa: 10,8%
  • Renda média: 10,5%
  • Renda média-alta: 9,9% 
  • Renda alta: 9,7%

Para as classes de renda mais baixas, o maior vilão foi o grupo de alimentos e bebidas. “Essa pressão é explicada pelos aumentos registrados nos cereais, farináceos e panificados, como feijão, farinha de trigo, biscoito, macarrão e pão. O forte crescimento dos preços dos alimentos in natura, especialmente batata, cenoura e repolho, aliado a alta de café e leite, ajudam a explicar esta contribuição”, diz o Ipea. 

Já o que fez as famílias de renda alta saltarem do menor para o maior aumento inflacionário entre janeiro e fevereiro foram reajustes das mensalidades escolares e dos cursos extracurriculares. Com isso, educação foi o grupo com o maior foco inflacionário em fevereiro.

Transporte escolar, transporte por aplicativo e pacotes turísticos também pesaram mais nos bolsos das classes altas. 

“Embora as principais altas estejam concentradas nos grupos alimentação e educação, houve um aumento de preços mais generalizado em fevereiro, tendo em vista que todos os grupos exerceram uma pressão altista em todos os segmentos de renda”, afirmou a pesquisadora do Ipea Maria Andréia Parente Lameiras, autora do indicador mensal. 

No acumulado de 12 meses, as famílias de renda mais baixa sentiram o maior aumento no grupo habitação, principalmente com tarifas de energia elétrica e gás de botijão.

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