Proteção também não é mais obrigatória em locais como estádios e parques. Mudança não se aplica a sala de aulas e ambientes fechados
São Paulo – O governador João Doria(PSDB) assinou nesta quarta-feira (9/3) o decreto que desobriga oficialmente o uso de máscaras em locais abertos em todo o estado. A mudança vale para ruas, praças, parques, pátios de escolas, estádios de futebol, centros abertos de eventos, autódromos e outras áreas correlatas.
Em ambientes fechados, como salas de aula, transporte público, cinemas, teatros e escritórios, o uso continua obrigatório.
Em coletiva realizada na área externa do Palácio dos Bandeirantes, Doria, seus secretários e os membros do Comitê Científico retiraram as proteções faciais para marcar o momento. “Primeira vez que faço a coletiva sem máscara, estou me sentindo mais leve. O uso da proteção agora será uma escolha individual, não mais obrigatória”, afirmou o governador.
Hoje, o estado tem 89,27% de toda a população elegível com duas doses da vacina contra a Covid-19. Segundo o governo, a alta cobertura vacinal e a queda nos índices de internações e óbitos motivaram a liberação das máscaras.
De acordo com a gestão estadual, nos últimos 30 dias, os casos caíram 54%, as internações tiveram redução de 76% e os óbitos, de 56%. O governo deve avaliar a liberação em áreas fechadas no prazo de 15 dias. Doria ressaltou que, “caso corra tudo bem”, até o dia 23 de março o estado de São Paulo deve ampliar a liberação para locais fechados.
Os coordenadores do Comitê Científico, João Gabbardo e Paulo Menezes, afirmaram que os indicadores de saúde atual permitem liberar o uso das máscaras “com segurança”, mas fizeram recomendações para a continuidade da utilização da proteção em certas locais e para determinadas pessoas.
“Mas nós temos algumas recomendações para determinadas situações. Pessoas com sintomas gripais devem continuar usando a máscara em qualquer situação, em qualquer local. As pessoas que não foram vacinadas por qualquer razão devem continuar usando as máscaras; pessoas imunodeprimidas e as pessoas com doenças crônicas que as coloquem em risco também. Ambientes abertos com grandes aglomerações, mesmo que não haja uma fiscalização, há uma recomendação para que as pessoas se protejam usando máscaras”, disse Gabbardo.