Em nota, diretora geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Audre Azoulay, condenou o crime; repórter estava recebendo ameaças de morte.
A Unesco pediu a abertura de um inquérito para apurar o assassinato do jornalista Givanildo Oliveira, morto em 7 de fevereiro, em Fortaleza, capital do estado brasileiro do Ceará.
Em nota, a chefe da agência, Audrey Azoulay, disse que o crime é um ataque à liberdade de expressão e de imprensa.
Unesco/Christelle ALIX
Audrey Azoulay disse que as autoridades brasileiras devem se empenhar com todos os esforços para elucidar o crime e levar os responsáveis à justiça
Caso
Ele disse que as autoridades brasileiras devem se empenhar com todos os esforços para elucidar o crime e levar os responsáveis à justiça.
Givanildo Oliveira trabalhava no site Pirambu News, onde era um dos fundadores. Ele já havia recebido ameaças de morte de criminosos em Fortaleza, e foi alvejado a tiros perto da casa onde vivia.
O site do jornalista conhecido como Gigi publica informações sobre criminosos do local, segundo relatos da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo.
Foto: Photo by Jeremy Bishop on Unsplash
Desde 1993, pelo menos 1,5 mil jornalistas foram assassinados.
Câmera de segurança
A Comissão de Proteção dos Jornalistas, CPJ, afirmou que um jornalista em serviço não pode estar sob tamanho risco apenas por informar e publicar notícias de suas comunidades.
Segundo agências de notícias, há registros de câmera de segurança que mostram o momento do assassinato, quando Givanildo Oliveira caminha pela rua perto de casa e é atacado por um homem, que atira pelo menos três vezes contra a cabeça e o peito da vítima e depois foge.
A CPJ informou que é preciso saber se o crime está relacionado ao trabalho do jornalista e se o assassinato foi uma forma de retaliação, que deve ser punida pela justiça.
Segundo dados da Unesco, a América Latina é uma das regiões mais perigosas para o exercício do jornalismo.