Todos os 14 restaurantes do DF oferecem almoço, e oito unidades já possuem café da manhã
A comida é balanceada, variada e cabe no bolso do brasiliense. A cada semana, há opções diferentes e com espaço garantido para pratos como a famosa feijoada e a dobradinha. Esse é o roteiro do cardápio dos restaurantes comunitários do DF, preparados por uma equipe de nutricionistas e servidos ao preço de R$ 1 para a população.
Geridos pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), todos os 14 restaurantes do DF oferecem almoço e oito deles já possuem café da manhã. Das empresas prestadoras de serviço que ‘assinam’ as refeições nas unidades são exigidos variedade de proteínas, de acompanhamentos e também diversificação dos pratos.
“O objetivo é montar um cardápio saboroso, mas equilibrado nutricionalmente”Vanderléia Cremonini, subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional
“Há uma reunião mensal onde se define quais são os pratos que serão servidos no mês. Existe uma quantidade mínima de 1.100 kcal a ser cumprida, e olhamos muito a sazonalidade dos alimentos para poder montar a refeição”, explica a subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional, Vanderléa Cremonini. “O objetivo é montar um cardápio saboroso, mas equilibrado nutricionalmente”.
Os meses chuvosos de janeiro e fevereiro no DF não são propícios para a produção de folhas como alface e rúcula. Assim, ganham espaço a beterraba e a cenoura na salada. Com relação às proteínas, há opções para diversos paladares: carnes bovina e suína, peixe e frango. Estas são acompanhados por uma sobremesa – usualmente, uma fruta ou um tablete de doce – e copo de suco.
Segundo a nutricionista Geyssianne Santos, responsável pelo menu no Paranoá, a sobremesa e pratos nutritivos, como o fígado bovino refogado, não podem faltar. “A gente alterna a sobremesa com o objetivo de fazer o balanço das calorias. No dia da feijoada, é uma laranja. Quando se serve frango, há a opção de um tablete doce ou uma gelatina”, explica.
Prato que não sai do cardápio
Com o objetivo de cativar a clientela, o preparo também muda periodicamente. O frango ao molho com quiabo se reveza com o assado, assim como o peixe, que também é feito no forno ou preparado como moqueca. “Temos usuários que almoçam diariamente aqui no restaurante ou levam a marmita. Então, o objetivo é não entrar na monotonia e oferecer opções nutritivas”, diz Geyssiane.
Exceção para a feijoada. A ‘queridinha’ dos comensais é servida todas as sextas-feiras. No Paranoá, a média é de 1,4 mil refeições diárias comercializadas. Às sextas, esse número sobe para 2,2 mil, pois é dia de degustar a feijoada – iguaria que possui em torno de 1,2 mil calorias. O cardápio em papel é fixado na entrada das unidades, e o almoço vendido pelos restaurantes comunitários custa em média R$ 6,17. Desta forma, pouco mais de R$ 5 são complementados pelo GDF em cada refeição. O café da manhã custa R$ 0,50.
Tempero no ponto e comida “de primeira”
O motorista de aplicativo Alexsandro da Silva, 32, almoça ao menos duas vezes por semana nas unidades do Itapoã ou do Paranoá. Leva a esposa e os três filhos com idade entre 2 e 8 anos. A comida é leve e “de primeira”, diz. “Sexta-feira, a gente não perde de jeito nenhum. [É dia de] feijoada boa, com o sal no ponto e mais o vinagrete. Casa direitinho. Acho muito saudável e gostoso. Se formos comer em outro lugar, se paga o triplo também”, afirma.
A desempregada Eide Martins, 72, compartilha da mesma opinião. É fã de peixe e lembra que procura manter uma alimentação equilibrada. “Eu gosto muito da feijoada e do peixe assado, e aqui a comida é menos gordurosa do que aquela que a gente come em casa. Venho quase todo dia no almoço”, conta.
Refeições da próxima semana (17 a 22)
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*Com informações da Agência Brasília