São Paulo aplicou as primeiras doses ainda na sexta-feira (14) em um evento simbólico. Capitais anunciaram início da campanha para os pequenos entre sábado (15) e quarta-feira (19).
Ao menos 15 estados brasileiros e o DFderam início neste fim de semana à campanha de vacinação para as crianças contra a Covid-19, segundo levantamento do g1.
Na sexta (14), algumas capitais brasileiras adiantaram a largada com atos simbólicos, como São Paulo, que aplicou a 1ª dose no indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos.
Nos postos de saúde da capital paulista, porém, a vacina só será aplicada em massa a partir de segunda (17), conforme divulgado pela prefeitura.
O primeiro lote da vacina da Pfizer contra Covid-19 para crianças chegou ao Brasil ainda na quinta-feira (13) e 1.248.000 doses foram distribuídas pelos estados.
Veja abaixo como fica o calendário para a vacinação das crianças pelo Brasil. Clique no nome dos estados para saber mais:
- Acre: 17 de janeiro
- Alagoas: 17 de janeiro
- Amapá: 15 de janeiro
- Amazonas: 17 de janeiro
- Bahia: 15 de janeiro
- Ceará: 15 de janeiro
- Distrito Federal: 16 de janeiro
- Espírito Santo: 15 de janeiro
- Goiás: 17 de janeiro
- Maranhão: 15 de janeiro
- Mato Grosso: ainda não foi definido
- Mato Grosso do Sul: 15 de janeiro
- Minas Gerais: 15 de janeiro
- Pará: 15 de janeiro
- Paraíba: 15 de janeiro
- Paraná: 17 de janeiro
- Pernambuco: 15 de janeiro
- Piauí: 17 de janeiro
- Rio de Janeiro: 15 de janeiro
- Rio Grande do Norte: 15 de janeiro
- Rio Grande do Sul: 19 de janeiro
- Rondônia: 17 de janeiro
- Roraima: ainda não foi definido
- Santa Catarina: 15 de janeiro
- São Paulo: 15 de janeiro (na capital, começa em 17 de janeiro)
- Sergipe: 15 de janeiro
- Tocantins: deve ser no dia 20 de janeiro
De acordo com o governo, a vacinação infantil ocorrerá:
- Em ordem decrescente de idade(das crianças mais velhas para as mais novas), com prioridade para quem tem comorbidade ou deficiência permanente e para crianças quilombolas e indígenas
- Sem necessidade de autorização por escrito, desde que pai, mãe ou responsável acompanhe a criança no momento da vacinação
- Com intervalo de oito semanas – um prazo maior que o previsto na bula, de três semanas.
Vacina é segura
Os especialistas ouvidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que falaram durante a aprovação da vacina para as crianças consideraram que os benefícios superam os riscos.
“A carga da doença [Covid-19] não é desprezível. A mortalidade dessas crianças nessa faixa etária é elevada – superior a qualquer outra vacina do calendário infantil, onde nós não hesitamos em recomendar as vacinas para as crianças dessa faixa etária”, frisou Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
“Só a Covid-19, nessa população em especial – crianças e adolescentes – mata mais do que todas as doenças do calendário infantil somadas, juntas, anualmente”, reforçou Kfouri.
“A gente fala que só 0,4% das mortes ocorrem nos menores de 20 anos, mas 0,4% de 600 mil mortes são mais de 2.500 crianças e adolescentes que perderam a vida para a Covid. Em dois anos, esse total de mortes é maior do que todo o calendário infantil”, disse o médico.
“Se somarmos todas as mortes por coqueluche, diarreia, sarampo, gripe, meningite, elas não somam 1.500 por ano. A Covid-19 é uma doença prevenível por vacina que mais mata nossas crianças”, concluiu.
A infectologista Rosana Richtmann, da Sociedade Brasileira de Infectologia, lembrou que, nos Estados Unidos, já foram aplicadas mais de 5 milhões de doses da vacina em crianças de 5 a 11 anos, “com a segurança dentro do que a gente quer em relação a essa vacina”, afirmou.
“São mais de 2.500 crianças e adolescentes que nós perdemos no nosso país, um grande impacto dessa doença nessa população. Eu vejo como excelente a vinda de uma vacina em termos de proteção para essas crianças”, reforçou Richtmann. (g1)