Estado tem 3.481 desabrigados e 13.756 desalojados no período chuvoso. Ao todo, 145 cidades mineiras estão em situação de emergência.
A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) confirmou, na manhã desta terça-feira (11), mais dez mortes em decorrência da chuva em Minas Gerais em apenas 24 horas.
Com isso, subiu para 19 o número de vítimas no estado desde o início do período chuvoso, de 1º de outubro até agora.
As últimas mortes confirmadas ocorreram em São Gonçalo do Rio Abaixo, na Região Central, Ervália, na Zona da Mata, Dores de Guanhães e Caratinga, no Vale do Rio Doce, e Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Mortes no período chuvoso em MG
Município | Número de mortes |
Uberaba | 1 |
Coronel Fabriciano | 1 |
Nova Serrana | 1 |
Engenheiro Caldas | 1 |
Pescador | 1 |
Montes Claros | 1 |
Betim | 1 |
Belo Horizonte | 1 |
Dores de Guanhães | 2 |
São Gonçalo do Rio Abaixo | 1 |
Ervália | 1 |
Caratinga | 2 |
Brumadinho | 5 |
TOTAL | 19 |
Fonte: Coordenadoria Estadual de Defesa Civil
Família inteira soterrada
Em São Gonçalo do Rio Abaixo, a chuva vitimou uma menina, de 11 anos, no último domingo (9). Um muro desabou, atingindo o quarto em que a garota dormia.
Também no domingo, duas pessoas morreram e pelo menos outras seis ficaram feridas após um talude desabarsobre diversas residências no Centro de Dores de Guanhães. A morte da outra vítima já havia sido confirmada nesta segunda pela Defesa Civil.
Em Caratinga, foram registradas duas mortes por causa das fortes chuvas que atingiram a cidade no domingo. Um homem, de 41 anos, morreu após o carro em que ele estava cair dentro do córrego São Vicente, no distrito de Santo Antônio do Manhuaçu. A outra vítima, de 28 anos, morreu após um deslizamento de terra atingir uma casa.
Nesta segunda-feira (10), em Ervália, um rapaz, de 20 anos, morreu quando estava em um bar que foi atingido por um deslizamento de terra. O corpo da vítima foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros.
Outro resgate que mobilizou os bombeiros nesta segunda foi a busca por uma família que estava desaparecida desde o sábado (8). Cinco pessoas morreram, sendo duas crianças, de 3 e 6 anos.
A família seguia da cidade de Paula Cândido, na Zona da Mata, em direção ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, também na Grande BH. Por causa da interdição da BR-040 após o transbordamento de um dique da Mina de Pau Branco, as vítimas pegaram um desvio, mas foram surpreendidas pelo deslizamento na região do condomínio Retiro do Chalé.
As outras mortes no estado ocorreram em Uberaba, Coronel Fabriciano, Nova Serrana, Engenheiro Caldas, Pescador, Montes Claros, Betim e Belo Horizonte.
Algumas mortes levam algum tempo para serem computadas. O homem que morreu em Ouro Preto, por exemplo, ainda não entrou no boletim da Defesa Civil, embora seu corpo tenha sido encontrado na segunda-feira (10).
As dez vítimas da tragédia em Capitólio, no sábado (8), também não entraram, porque a Defesa Civil diz que aguarda investigação sobre a causa das mortes.
Desabrigados e desalojados
Desde o início do período chuvoso, em outubro, 145 cidades de Minas Geraisentraram em situação de emergência.
De acordo com os dados da Defesa Civil, o número de desabrigados no estado chega a 3.481, 72 a mais em relação à véspera. Já em relação à quantidade de desalojados, foram 22 novos registros em 24 horas, chegando a 13.756.
O número diverge do informado pelas prefeituras. Em Raposos, na Grande BH, por exemplo, o prefeito fala em 9 mil desabrigados – mais da metade da população.