O Tribunal de Justiça do Distrito Federal arquivou o inquérito que apurava a conduta do capitão da tropa de choque da Polícia Militar, Alexandre Bruno da Rocha, flagrado em vídeo dizendo que jogou gás lacrimogêneo contra manifestantes que pretendiam chegar ao Congresso Nacional com uma bandeira após o desfile de 7 de Setembro “porque quis”
As imagens não identificam a que grupo pertenciam os jovens. A bandeira tinha dizeres em inglês relacionados à Copa do Mundo.
A decisão foi adotada pela juíza da Auditoria Militar, Maria Ivatônia Barbosa dos Santos, no dia 28 de fevereiro. Na sentença, ela afirma achar que a “melhor solução” para o caso era acatar a orientação do Ministério Público
Indignados, os jovens criaram uma página no Facebook para divulgar o caso e convidar o maior número de pessoas a denunciar a agressão à Corregedoria da Polícia Militar a partir desta segunda.
Na época, o então comandante da PM, Jooziel Freire, afirmou que a ação do policial foi “corretíssima”. “Ele não fez nada demais. Ele foi perguntado e respondeu que fez porque quis. Que crime é esse?”, indagou.
Ele também defendeu o capitão. “O rapaz que estava filmando ficou o tempo inteiro instigando o Bruno, que é um dos policiais mais cordatos da corporação, só falta asa para chamar aquele cara de anjo. O Bruno já estava de saco cheio. E ele só cumpriu a ordem do comandante, que disse que era para usar gás lacrimogêneo se o grupo ultrapassasse a linha.”