Ataque ocorreu na sexta-feira (19), mas, segundo instituto, não prejudicou serviço nas unidades de saúde. Servidores contaram que informações sigilosas podem ter vazado.
A Polícia Civil investiga um ataque hacker contra o sistema do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal(Iges-DF). A invasão ocorreu na última sexta-feira (19), quando o site da instituição passou a apresentar uma mensagem de erro (veja imagem acima).
O Iges-DF é responsável pela gestão dos hospitais de Base e de Santa Maria, além de todas unidades de pronto atendimento (UPAs) da capital. A suspeita, segundo servidores ouvidos pela TV Globo, é de que informações sigilosas, inclusive de pacientes, possam ter sido vazadas.
Em nota, o Iges-DF informou que fez “imediata verificação da integridade dos servidores” e que o sistema continuou funcionando normalmente. O instituto disse ainda que tem um banco de dados seguro e que acionou as “autoridades competentes”.
Entretanto, segundo servidores, que preferiram não se identificar, o armazenamento de dados do Iges não está isento de vulnerabilidade. De acordo com os funcionários, ainda não há um balanço de prejuízos sofridos pela invasão.
Além disso, de acordo com os servidores, “vários dados” foram copiados e, no sábado (20), técnicos localizaram uma mensagem que informava um meio de contato para negociação, fornecido pelo invasor.
Segundo a Polícia Civil, o caso é investigado pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) e está em apuração.
Outros ataques
Essa não é a primeira vez que hackers atacam sistemas vinculados ao Governo do Distrito Federal. Em novembro do ano passado, o GDFNet chegou a ser suspenso após uma invasão.
À época, sites como o da agência de notícias do Executivo, do Diário Oficial do DF (DODF), do Departamento de Trânsito (Detran) e da Polícia Militar ficaram inacessíveis. O caso também foi registrado na Polícia Civil.
No mesmo mês do ano passado, o sistema de informática do Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi alvo de um ataque cibernético. A corte precisou acionar a Polícia Federal para investigar o caso.
Após a invasão, todas as sessões de julgamentos do tribunal foram suspensas. (g1 DF)