O Governo do Distrito Federal anunciou nesta quarta-feira (26/2) um acordo para resolver a situação de rodoviários demitidos por operadoras que deixaram o sistema de transporte público. Em reunião no Palácio do Buriti, foi decidido que a empresa Marechal contratará cerca de 200 pessoas. Elas estavam impedidas de trabalhar porque não receberam baixa na carteira de trabalho – as antigas empresas travavam a negociação, ao não pagar as rescisões contratuais.
Outro grupo de 200 rodoviários também está sem emprego. Segundo o presidente da Sociedade de Transporte Coletivos de Brasília (TCB), Carlos Alberto Koch, representantes do GDF tentarão mais contratações com a empresa São José.
Segundo a cobradora de ônibus Edna Machado, alguns rodoviários estão sem trabalhar há dias. “Nós temos que ficar em casa, esperando. E quem sofre com isso é a população, que fica sem ônibus e precisa dar um jeito de chegar ao trabalho”, disse Edna.
“Conseguimos que a Marechal contrate esses trabalhadores, mas, antes disso, o sindicato entrará com ação trabalhista solicitando o rompimento do contrato de trabalho com o empregador anterior. A partir disso, a Marechal poderá começar a contratar”, afirmou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, João Osório.
Ainda segundo Osório, a previsão é que a ação seja levada à Justiça até esta sexta-feira (28/2), para que a empresa possa contratar os rodoviários. A expectativa é que eles comecem a rodar a partir da próxima semana.
Mais cedo, frotas com origem em Santa Maria, São Sebastião, Gama e Paranoá ficaram paralisadas. De acordo com Osório, os rodoviários exigem o pagamento de verbas rescisórias das empresas Satélite, Planeta, Cidade Brasília e Pioneira. Além do pagamento das verbas, há ainda a necessidade de baixa na carteira de trabalho, para que os trabalhadoras possam ser transferidos para outras empresas.
“Esse acordo nos dá maior segurança jurídica para prosseguir com as contratações, pois o único impedimento para concluímos era esse (a baixa nas carteiras de trabalho)”, explicou o diretor-executivo da empresa Marechal, Davi Olbertz.
Devido as paralisações, as paradas de ônibus ficaram lotadas. Para conseguir chegar ao trabalho ou voltar para casa, era necessário utilizar mais de um transporte público ou se render aos motoristas piratas.