Um instrumento que consegue vigiar o coração, envolvendo-o com uma capa de silicone repleta de sensores eletrônicos capazes de acusar qualquer tipo de disfunção. Esse dispositivo moderno é o mote de uma pesquisa desenvolvida por cientistas americanos e que tem rendido frutos positivos.
A estratégia de monitoramento cardiovascular foi testada em um coração artificial e será colocada à prova em órgãos de animais. Caso o moderno dispositivo tenha sucesso nas próximas etapas, há uma chance grande de ele ser usado em humanos, facilitando cirurgias, auxiliando no monitoramento de batimentos e até de implantes fixos.
A capa high tech é um dos experimentos científicos pioneiros em membranas eletrônicas. O dispositivo foi elaborado anatomicamente, com base em uma parte do coração humano que o envolve, o pericárdio.
“A nossa membrana é uma espécie de instrumento eletrônico que funciona como um pericárdio artificial”, explica John Rogers, professor de engenharia da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, e autor principal do estudo publicado na revista americana Nature Communications desta semana.
Para testar a eficácia dos sensores, os pesquisadores criaram um coração artificial de coelho, feito em uma impressora 3D, também de acordo com moldes do órgão do animal. Uma capa de silicone foi a solução encontrada por eles a fim de garantir que os sensores se encaixassem de forma adaptável, não atrapalhando o funcionamento da bomba cardíaca.