Uma equipe formada por arqueólogos austríacos, um alemão e um belga conseguiu reconstruir virtualmente em duas e três dimensões uma antiga escola de gladiadores descoberta em 2011 no sítio romano de Carnuntum, perto de Viena.
“As cartas arqueológicas e os planos das construções, ruas e infraestruturas romanas permitiram reconstruir o traçado da cidade e o desenvolvimento da paisagem natural e urbana em duas e em três dimensões”, explicaram os pesquisadores em um artigo que aparece no periódico Antiquity publicado nesta quarta-feira.
O Império romano teve cerca de 100 escolas de gladiadores – do latim “ludus” -, como a de Carnuntum.
“A única construção conhecida, diretamente comparável à descoberta de Carnuntum é o ‘ludus magnus’, parcialmente escavado, situado atrás do Coliseu de Roma (Amphitheatrum Flavium)”, acrescentou a equipe de pesquisadores.
No final de agosto de 2011, os arqueólogos haviam descoberto, com a ajuda de radares de penetração no solo, o “ludus” no sítio de Carnuntum, cerca de 40 quilômetros ao sudeste de Viena.
A equipe estabeleceu, então, que o sítio – onde treinavam entre 40 e 60 gladiadores – remonta a pelo menos 1.700 anos, como a maioria das ruínas já descobertas em Carnuntum. Sua superfície total chega a 11 mil metros quadrados, sendo 2.800 metros quadrados para a arena central.
Situada à beira do Danúbio, Carnuntum era a capital da província romana de Pannonia, na Europa Central. Na Antiguidade, era uma etapa importante da rota do âmbar.
O parque arqueológico mostra, sobretudo, ruínas de dois anfiteatros, termas e um fragmento de arco do triunfo, monumento mais impressionante do sítio.