País asiático é o maior comprador do Brasil e está há mais de dois meses sem importar proteína. No total, país embarcou 109 mil toneladas no mês passado.
Com o embargo da China há mais de 2 meses, as exportações totais de carne bovina do Brasil caíram 43% em outubro, para 108,6 mil toneladas, na comparação com igual mês do ano passado, mostram dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
Em receita, as vendas da proteína animal também diminuíram. No total, o faturamento da exportação chegou a US$ 541,6 milhões no mês passado, queda de 31%.
A forte redução é explicada pela suspensão das compras da China, que importa quase metade de toda a carne o que o Brasil envia a outros países.
A interrupção do comércio ocorreu no dia 4 de setembro, após o Brasil confirmar dois casos atípicos de vaca louca em Minas Gerais e Mato Grosso.
Dois dias após a confirmação, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) comunicou que as ocorrências no Brasil não representam risco para a cadeia de produção bovina brasileira. Mesmo assim, a China mantém o veto até o hoje.
Exportação residual
A Associação informou ainda que houve apenas uma exportação residual de 27,7 mil toneladas em outubro para o mercado chinês, a maior parte com entrada pela cidade estado de Hong Kong (19,4 mil toneladas).
Em setembro de 2021, as exportações para a China realizadas pelo continente e por Hong Kong atingiram o recorde de 132,4 mil toneladas.
No acumulado do ano, as exportações brasileiras do produto já atingiram 1,610 milhão de toneladas, queda de 2,4% em relação ao acumulado no mesmo período do ano passado, quando a movimentação foi de 1,650 milhão de toneladas.
Nas receitas, no entanto, houve um crescimento de 16%, devido aos bons preços do produto no mercado internacional. Em 2020, a receita até outubro foi de US$ 6,899 bilhões e em 2021 atingiu a US$ 8 bilhões.