Fly Link operaria no Triângulo Mineiro e em localidades de MS, GO e SP. Segundo agência, empresa desistiu da oferta, pois não conquistou outros lotes que “complementariam o seu modelo de negócios”.
A empresa Fly Link apresentou nesta segunda-feira (8) um pedido de desistência do lote que havia conquistado no leilão do 5G na última sexta-feira (5). A informação foi divulgada, por meio de nota, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
O leilão do 5G começou na última quinta-feira (4) e se encerrou na sexta (5). Ao todo, foram oferecidos lotes em quatro faixas de frequência: 700 MHz (megahertz); 2,3 GHz (gigahertz); 3,5 GHz; e 26 GHz. As faixas funcionam como “avenidas” no ar para transmissão de dados. É por meio delas que o serviço de internet 5G será prestado.
Além dos lotes nacionais do 5G, o leilão abriu a disputa para lotes regionais, um deles, foi arrematado pela Fly Link.
A empresa é uma provedora de internet por meio de fibra óptica que atua em Uberlândia e região (MG). A faixa arrematada pela Fly link operaria o 5G no Triângulo Mineiro e em localidades de MS, GO e SP. A contrapartida para explorar a faixa seria levar internet para escolas públicas de educação básica.
Segundo nota divulgada pela Anatel, a empresa desistiu da oferta, pois não conquistou outros lotes que “complementariam o seu modelo de negócios”.
“A Proponente informa o desinteresse no lote arrematado, objeto da faixa de 26 MHz, por não ter arrematado outros lotes que complementariam o seu modelo de negócios”, diz a nota.
Como não houve outra proposta para arrematar o lote, ele foi considerado deserto.
Devido a desistência, a Fly Link terá que pagar 10% de multa sobre o preço ofertado em sua proposta e cumprir com a Garantia de Manutenção da Proposta.
“Nos termos dos itens 7.1.4 e 11.2 do Edital, a desistência de participação da Proponente em qualquer dos Lotes implica a execução da Garantia de Manutenção da Proposta e aplicação de multa de 10% sobre o preço ofertado em sua Proposta vencedora”, diz a nota.
A desistência diminuiu o valor total movimentado pelo leilão, que, até a última sexta-feira (5), era de R$ 47,2 bilhões. A previsão inicial era que o certame movimentasse quase R$ 50 bilhões, no entanto, 15% do total ofertado não foi vendido. (g1)